Se voce pensa que exorcismo e possesão demoniaca é coisa de hollywood, estão muito enganados!! Saiba que padres exorcistas estão ainda na ativa pelo mundo, mesmo que em uma maneira silenciosa, eles continuam expulsando demônios, inclusive aqui no Brasil...
Tanto o demônio quanto os exorcistas estão fora de moda há pelo menos um século em todo o mundo. Os supostos casos de possessão que chegam aos padres acabam diagnosticados como desvio psiquiátrico ou apontados como invenção da mídia. Mas, no dia 4 de abril de 1983, um dia depois do domingo da Ressurreição, que marca o final da Quaresma, o padre Nelson Rabelo, de 89 anos, exorcista e pároco da Igreja Sant’Ana, no Centro do Rio de Janeiro, esteve na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, na Região Norte de Belo Horizonte. O religioso veio a Minas a pedido dos colegas da igreja dos padres exorcistas, que deixou recentemente o endereço na Antônio Carlos, no Bairro Lagoinha, zona boêmia da capital mineira, em função das obras de duplicação da avenida. O motivo da visita foi cercado de muito mistério. Afinal, toda a movimentação que envolveu a caça ao ‘capeta do vilarinho’ poderia assustar a população.
O ser demoníaco apavorava toda a região e não havia explicação racional para o seu surgimento. A saída foi buscar uma sustentação sobrenatural e o exorcismo era a arma perfeita. Afinal, trata-se de uma cerimônia religiosa na qual é realizada a expulsão ritualizada dos demônios, espíritos ou entidades que se "apossam" de alguém. A relação homem e demônio é tão remota quanto a prática do exorcismo. Na Antiguidade, egípcios, assírios e babilônios eram adeptos do ritual. A Igreja Católica definiu os procedimentos do exorcismo em 1614, com o ‘Rituale Romanum’. Atualmente, o exercício do exorcismo pela Igreja Católica está em desuso. A orientação do Vaticano aos católicos é que ninguém pode praticar o exorcismo sem obter licença especial do bispo. Padre Nelson conhece as dificuldades do exorcista. “Poucos bispos aceitam nosso trabalho”, diz o religioso, que foi expulso de duas dioceses da tradicional Minas Gerais antes de ser acolhido no Rio de Janeiro.
Diante das várias barreiras impostas pelo Vaticano, o trabalho dos padres exorcistas vem ocorrendo de forma silenciosa, mas constante. Padre Nelson, depois da missa das 8h30 das sextas-feiras e sábados, faz o ritual. As pessoas são levadas a uma sala onde a manifestação recebe tratamento. Para confirmar se é um caso de possessão, o pároco faz várias perguntas.
Questiona quantos demônios estão no corpo, indaga seus nomes e a que vieram. E, diferentemente do que muita gente imagina, os casos de possessão continuam vivos. O padre lembra que entre os anos 1960 e 1980, quando o país viveu um clima de instabilidade política, as situações eram comuns. Ele conta que, em Minas, por causa da formação religiosa e da forte presença do Estado nas discussões políticas, o período foi marcado pelo aparecimento de histórias “estranhas”. Uma delas, na década de 1980, ganhou grande repercussão.
Relatos da época dão conta de que, numa noite, durante um dos diversos bailes funks realizados em uma das quadras da Avenida Vilarinho, apareceu um sujeito bem aparentado, elegante no vestir e exímio dançarino. O homem logo chamou a atenção das moças. Os rapazes também temeram a concorrência. O professor Ricardo Malta, que nos idos dos anos 1980 era frequentador assíduo da quadra do Vilarinho, lembra que se inscreveu para um concurso de dança na casa com sua mulher. O desconhecido também entrou para o concurso e surpre¬endeu os presentes com sua extrema desenvoltura ao dançar qualquer tipo de ritmo. O estranho, que ‘levitava’ ao dançar, e sua parceira – ela, uma conhecida adolescente da vizinhança - deram um show. Ao final das fases eliminatórias, sobraram Ricardo, sua mulher, o desconhecido e a moça de Venda Nova. Para surpresa de todos, Ricardo foi o vencedor.
Indignado, o rapaz misterioso discutiu com seu par e saiu correndo. A moça havia desmaiado. “No que fugiu, deixou à mostra sob o chapéu seus chifres e os pés de cabra. O seu rastro foi marcado por um cheiro de enxofre”, garante Ri¬cardo.
Na época, a repercussão foi grande. Com medo, muita gente deixou de frequentar os bailes e o comércio no Vilarinho. Os comerciantes recorreram aos padres exorcistas. Boa parte dos rituais dura entre 30 minutos e 40 minutos, para não esgotar o possuído. Mas houve casos que renderam três horas de luta com o “coisa ruim”. É um ação física e mentalmente exaustiva para todos os envolvidos. O padre exorcista não confirma se esteve no Vilarinho e nem a oportunidade de se deparar com o “capeta”.
Izabella Scorupco e Eddie Osei em Exorcista, O início
Mas os especialistas dizem que a maioria dos possuídos pelo diabo é formada por adolescentes do sexo feminino, personalidades mais suscetíveis. “Vez ou outra há pessoas que gritam, se retorcem, choram e desmaiam. A pessoa fica fora de si. Não é ela quem fala, mas o diabo. Uma vez encontrei Lúcifer numa menina de 15 anos. Ele se apresentou e disse que de nada adiantaria a minha ação. Mas, no fim, teve que sair”, afirma Padre Nelson.
O padre lembra das muitas histórias envolvendo demônios, fantasmas e assombrações em Minas. Quando foi pároco no interior do Estado, foi procurado pela família de um caseiro de um sítio, localizado na BR-040, que dá saída para o Rio de Janeiro. Isso no final dos anos 1980. O caseiro, assim como fazia todas as manhãs, levantou-se cedinho e tratou de ir dar milho para as trinta galinhas que todos os dias esperavam a comida na porta do galinheiro.
Naquela manhã, estranhou não ver nenhuma galinha e o silêncio tomar conta do terreiro. Entrou no galinheiro e não viu nenhuma galinha. Procurou no mato vizinho e achou umas 15 galinhas mortas. As outras 15 tinha sumido. Ficou apavorado. Afinal, na região não havia a presença de onças ou de outro tipo de predador. O que existia na época eram histórias de um tal “chupa-cabra". O demônio pode possuir animais e até objetos. “Uma vez, o próprio demônio denunciou o objeto da casa que havia contaminado para impedir a cura da vítima: o colchão”, ressalta.
Por outro lado, há quem garanta que todas essas histórias não passam de lendas urbanas e contos de assombração. Para a doutora em história social da cultura, Andréa Casa Nova, a maioria dos acontecimentos não passa de boatos que vão se cristalizando com o passar do tempo. Segundo ela, geralmente, as lendas têm elementos de realidade, com algo assustador, e estão relacionadas com o momento atual da sociedade em que são contadas. Como a criminalidade gera um medo constante, histórias de morte ganham fácil a atenção do público. Outra característica é que as lendas são universais e particulares ao mesmo tempo, pois a mesma história é contada em diferentes lugares, adaptando alguns elementos. “As lendas ficam entre o boato e o mito. São um encontro do real com a ficção”, analisa a historiadora.
A famosa história da loira do Bonfim, por exemplo, começou na década de 1950. Diziam que uma moça loira aparecia na zona boêmia de Belo Horizonte e saía com um cliente para um programa. O lugar escolhido era o cemitério do Bonfim, na Região Noroeste, onde morava a linda mulher. Outra versão, até hoje muito difundida entre taxistas, dá conta que tudo surgiu por causa de um travesti, comuns na região, que cortava caminho pelo cemitério quando ainda não existia portaria no local. Na opinião de Andréa, a história era contada para assustar possíveis novos freqüentadores da zona boêmia da capital e deixar os assíduos frequentadores e clientes das “moças” em paz. “Os mitos começaram na época medieval e foram trocados pelas lendas quando chegou a sociedade do pensamento racional. O conteúdo causa pânico nas pessoas e quase sempre se diz que as autoridades escondem o fato ou não se interessam em resolvê-lo”, define.
O padre lembra das muitas histórias envolvendo demônios, fantasmas e assombrações em Minas. Quando foi pároco no interior do Estado, foi procurado pela família de um caseiro de um sítio, localizado na BR-040, que dá saída para o Rio de Janeiro. Isso no final dos anos 1980. O caseiro, assim como fazia todas as manhãs, levantou-se cedinho e tratou de ir dar milho para as trinta galinhas que todos os dias esperavam a comida na porta do galinheiro.
Naquela manhã, estranhou não ver nenhuma galinha e o silêncio tomar conta do terreiro. Entrou no galinheiro e não viu nenhuma galinha. Procurou no mato vizinho e achou umas 15 galinhas mortas. As outras 15 tinha sumido. Ficou apavorado. Afinal, na região não havia a presença de onças ou de outro tipo de predador. O que existia na época eram histórias de um tal “chupa-cabra". O demônio pode possuir animais e até objetos. “Uma vez, o próprio demônio denunciou o objeto da casa que havia contaminado para impedir a cura da vítima: o colchão”, ressalta.
Por outro lado, há quem garanta que todas essas histórias não passam de lendas urbanas e contos de assombração. Para a doutora em história social da cultura, Andréa Casa Nova, a maioria dos acontecimentos não passa de boatos que vão se cristalizando com o passar do tempo. Segundo ela, geralmente, as lendas têm elementos de realidade, com algo assustador, e estão relacionadas com o momento atual da sociedade em que são contadas. Como a criminalidade gera um medo constante, histórias de morte ganham fácil a atenção do público. Outra característica é que as lendas são universais e particulares ao mesmo tempo, pois a mesma história é contada em diferentes lugares, adaptando alguns elementos. “As lendas ficam entre o boato e o mito. São um encontro do real com a ficção”, analisa a historiadora.
A famosa história da loira do Bonfim, por exemplo, começou na década de 1950. Diziam que uma moça loira aparecia na zona boêmia de Belo Horizonte e saía com um cliente para um programa. O lugar escolhido era o cemitério do Bonfim, na Região Noroeste, onde morava a linda mulher. Outra versão, até hoje muito difundida entre taxistas, dá conta que tudo surgiu por causa de um travesti, comuns na região, que cortava caminho pelo cemitério quando ainda não existia portaria no local. Na opinião de Andréa, a história era contada para assustar possíveis novos freqüentadores da zona boêmia da capital e deixar os assíduos frequentadores e clientes das “moças” em paz. “Os mitos começaram na época medieval e foram trocados pelas lendas quando chegou a sociedade do pensamento racional. O conteúdo causa pânico nas pessoas e quase sempre se diz que as autoridades escondem o fato ou não se interessam em resolvê-lo”, define.
Ps: Deveriamos exorcisar os políticos desse nosso Brasil...
Fonte: Divirta-se.uai
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